sexta-feira, 16 de abril de 2010

O caçador


Orion, Petrópolis, 15/03/2010

"Podes atar os laços das Plêiades, ou desatar as cordas de Órion?
Podes fazer sair a seu tempo as constelações, ou guiar a Ursa com seus filhos?
Conheces as leis do céu, e determinas suas funções sobre a Terra?"
Jó, 38 v. 31-33
Órion é uma constelação muita conhecida, alguns povos antigos a chamava de "O Caçador". O quadilátero externo representa a forma de um caçador, com as três estrela ao centro formando seu cinturão, ou como nesta passagem de Jó, "as cordas de Órion". Para nós, as três estrelinhas do centro são as Três Marias.
Para a astronomia importam as relações de causa e efeito, os efeitos gravitacionais de uma estrela em relação as outras, as consequências dos fluxos de energia estre os corpos celestes. Os nomes são simplificações baseadas em argumentos verificáveis. Betelgeuse, por exemplo, é chamada de Alfa Orion, a estrela mais brilhante da constelação de Órion, mesmo que para nós a mais brilhante seja Riegel, chamada Beta Orion. O que ocorre é que a luz infravermelha de Betelgueuse não é percebida pela nossa visão.
Para os povos antigos, as contelações tinham significados muito específicos. Havia o plano terreste e havia o plano estelar, assim na terra como no céu. Buscava-se uma correspondência entre o momento de um fato na terra e a configuração das estrelas no ceu, ou seja, a sincronicidade. Particularmente importante eram os planetas, porque ao contrário das estrelas, não têm posicionamentos fixos, mudando continuamente de lugar.
O Caçador era muito mais que uma constelação, tratava-se de um mapa para os dias que se seguiriam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário