terça-feira, 13 de abril de 2010

as estrelas e o sertão sem fim

Em uma peça de Sartre, o Diabo e o bom Deus, um personagem fala o seguinte: "as estrelas são furinhos na cortina da noite, através das quais os deuses observam as intimidades dos casais".

Quando eu era criança, lá pelos meus 6 ou 7 anos, tive pela primeira vez a percepção de quem está do outro lado e olha para a as estrelas. Meu pai falou que o universo era infinito e eu perguntei: mas como, tudo tem fim, não é?

Quem olha a noite estrelada sem tamanho do sertão fica espantado e pergunta-se como é possível. E aquele que realiza a observação atenta, noite após noite, sente-se verdadeiramente instigado pela curiosidade. Existem as estrelas, fixas em relação umas as outras, os planetas que são como as estrelas mas sempre em um ponto diferente do céu, e as estrelas cadentes, verdadeiro presente para a imaginação.

Através dos tempos, a observação do ceu tem sido um importante elo de ligação entre o ser humano e o sobrenatural. Os deuses existem desde que o primeiro homem se encantou pelas estrelas.

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